Planos... tantos planos

Enfim, voltamos... Mas não era assim, voltar e já engravidar...
Afinal, ambos estaríamos começando um novo emprego. Embora para mim, eu estivesse transferindo para a mesma empresa aqui, na verdade era como um novo emprego.
E aí?
A certeza que eu sempre tinha é que queria ser mãe perto dos 30. E foi com isso na cabeça que nós planejamos.
É certo que o momento nunca vai ser totalmente perfeito. Não dá para ficar esperando todos os astros se alinharem para aquele momento. Existe, sim, o melhor momento.
Quando vc está tomando essa decisão, é muito chato ficar ouvindo as pessoas cobrando: "mas já tá na hora!", "Vcs estão casados há um tempo já!"
É hora de começar a instalar o filtro no ouvido. Porque a partir daí não pára mais!
Aliás, como as pessoas têm mania de meter o bedelho, né? Mas o negócio é ouvir de um lado, colocar na caixinha do f...-se e seguir com seus planos.
Logo que chegamos, ficamos na casa de meus pais. Mais para nos estabilizarmos, e encontrarmos o lugar ideal para morar.
Meus pais prepararam a casa com todo carinho! Mas o trânsito de SP nos deixava estressados demais...
E tínhamos os planos de estar num cantinho nosso para pensarmos com calma quando estaríamos prontos.
Encontramos um ape no meio do caminho entre os nossos trabalhos, perfeito. Isso era meados de 2010.
Finalmente comecei a sentir o meu reloginho biológico me avisar que estava na hora. Na verdade, era o meu coraçãozinho que estava pronto. O do Paulinho já estava faz tempo.
Para falar a verdade ainda tinha um certo medo de a depressão voltar... Não queria estar grávida e infeliz. Mas percebi que estava bem e aqui tinha o apoio não só do Paulinho como da nossa família.
Conversamos muito, e chegamos no plano: OK, ano que vem a gente começa a tentar.
E assim, foi. Terminamos o ano de 2010, já nos preparando para receber o nosso filhote em 2011 (pelo menos "encomendá-lo", como dizíamos aos nossos amigos).
E, no Reveillon de 2011, falamos um para o outro: "Esse é o ano que vamos começar a nossa família!"

Lar é onde mora o coração...

Eu e o Paulinho sempre pensamos em ter filhos... Aliás, pelo Paulinho já teríamos tido filho há um tempão. Mas como ficamos num vai-e-vem entre Brasil e Canadá, ficamos pensando onde é que nosso filho nasceria.
No Canadá, a vida é mais tranquila. A qualidade de vida é indiscutível e eu teria 1 ano de licença maternidade!!!
Em compensação, nossa família está no Brasil. Meu vô Armando passou meses no hospital e acabou falecendo quando estávamos lá. Eu tive uma depressão da pesada, com direito a crises de pânico e tudo. Não foi nada fácil. O S. Ernesto, pai do Paulinho, não está bem. E sabemos que, por mais que todos estivessem saudáveis, a vida aqui não está parada esperando as nossas visitas.
Além dos momentos tristes, também perdemos muitos momentos felizes... Aniversários, casamentos de amigos... Sem contar aquelas reuniõezinhas, marcadas de última hora, que só estando por perto poderíamos participar.
Fizemos muitos amigos... Mas sempre havia aquela sensação de que não era definitivo. Quem sabe a gente mude de idéia, mas naquele momento tomamos a decisão que nosso filho(a) nasceria no Brasil, pertinho da família. Sim, esse foi o principal motivo para voltarmos! Estávamos com quase 3 anos de casados então, em 2009.
E assim, planejamos nossa volta. A maior parte do nosso coração estava aqui. Se bem que deixamos um pedação também por lá...