Papai sentiu o Lucas mexer!

Como é bom sentir os movimentos...
Eu posso quase jurar que comecei a sentir bem cedo, com cerca de 12, 13 semanas... Começam como umas bolhinhas estourando na sua barriga, e vão aumentando de intensidade aos poucos... Cada um, como é bom! Que alegria! Prova de que a vida que cresce em você está bem, e ativa!
Alias, o dia mais especial mesmo, que é o que posso dizer com certeza, é o dia 03/08!
O papai Paulinho sentiu o Lucas se mexer pela primeira vez!!
Foi só um gostinho dos muitos chutes que virão por aí!
O chute foi do lado direito da barriga da mamãe!
E como é bom! Que felicidade!

Descobrindo quem é a vidinha dentro de mim...

Surgiu uma oportunidade de viajarmos ao Canadá, onde havíamos morado por um bom tempo, e decidimos aproveita-la para podermos fazer o enxoval do nosso baby. Alias, tudo absurdamente mais barato!
Como a data da viagem nao permitiria que tivéssemos certeza do sexo do bebe por ultrassom, resolvemos fazer o exame por sangue.
Foi no dia das mães que me dei esse presente... E poucos dias depois, antes da previsão de liberação do resultado, estava lá na pagina do laboratorio: Paulinho! Ta abrindo! O resultado está pronto!!!
Tampei a tela do computador com um papel. Queria descobrir junto com o Paulinho, assim como descobrimos juntos que estávamos gerando uma vidinha!
Tirei o papel e vimos juntos: sexo masculino!
Lucas! É o Lucas que está vindo! Engraçado como sao as coisas: concordamos absolutamente e tínhamos esse nome definido para menino, mas para menina tínhamos varias opções... Tinha que ser ele mesmo! E estávamos tão felizes! O que viesse, seria bem vindo! E Lucas, como você é bem vindo nesta família!!!

Alegria e amor maior! E a comprovação disso...

É uma alegria tão grande, que agora eu realmente sei o significado de alegria que nao cabe em si... Realmente, é muito maior que qualquer cois. Um amor tão grande, uma felicidade tão grande! A dimensão de tudo muda muito mesmo...
Vc quer proteger, amar, acalentar, de uma forma única, e como jamais se preocupou com nada.
Amor que não cabe em si!

E esse amor, vc percebe ainda mais quando algo o coloca em risco...
Nunca tive tanto medo quanto em dois momentos:
1 - por volta da 6a. Semana, tive um pequeno sangramento. Meu Deus! Será que está acontecendo comigo? Essa vidinha que está dentro de mim, será que nao era para vir agora? Graças a Deus, era feriado, pude descansar, falei com meu medico que me receitou progesterona, e o sangramento parou. Nem sinal mais. Ufa! Graças a Deus!
2 - já com cerca de 26 semana, barrigão super saliente, levei um susto enorme! Saí do trabalho para deixar o carro no posto para uma lavagem. O chão estava liso, oleoso e bum! Levei um batia de um tombo, de bunda! E ele parou de se mexer! Será que está tudo bem? Meu Deus! Como chorei! Fazia tempo que não chorava tanto! Liguei para o meu medico, que me tranquilizou... E logo senti novamente os movimentos. Que felicidade e alívio! Até aquele momento, inclusive, ia para o trabalho de ônibus a maioria dos dias... Nunca mais me arrisquei! Não queria colocar a preciosidade dentro de mim em risco. E tudo ficou bem no final.
E foram nessas horas que tive uma prova ainda maior de como aquela vidinha é importante!
E quanto amor posso carregar dentro de mim!

Revelando para a família

No dia em que descobrimos, já estávamos indo para a casa dos meus pais.
Engraçado, acho que estavam todos pressentindo, pois era quart-feira e todos se reuniram para jantar! Tava meu irmão com minha cunhada também!
Conversamos até o jantar ficar pronto. Quando íamos sentar à mesa, declarei: "logo mais teremos que arrumar mais lugar... Essa mesa vai ficar pequena!" Ao que todos reagiram com uma felicidade enorme... Muito choro! Mas choro de muita alegria! Todos entenderam a mensagem e estavam muito felizes. Não poderíamos deixar de lembrar do meu avô neste momento. Ele ficaria tão feliz com um bisneto! Como ele curtiria esse momento!

No dia seguinte, marcamos, e conseguimos juntar, toda a família do Paulinho também para jantar na casa dos pais dele.
Chegamos cedo, mas estávamos esperando todos chegarem para revelar para todos.
O Paulinho foi para o quarto do pai dele, que já não fala, e que estava deitado na cama. Eu fiquei na sala com a minha sogra. Ela levantou, ficou um pouco no quarto e quando voltou disse que já não via o meu sogro com uma expressão tão feliz há um tempo.
Quando o Paulinho volta, me diz: "contei para o meu pai! Acho q ele entendeu! Vc precisa ver como ele ficou feliz! E ainda disse: porra!". Neste momento, foi difícil conter a emoção, para já não entregar para a minha sogra o que queríamos comunicar à família. Meu sogro havia reagido! Contei para o Paulinho o que a mãe dele havia me falado. Agora, não víamos a hora de vê-lo encontrando o neto(a)!
Todos chegaram para o jantar. Conversamos bastante, e, quando foi hora de sentar à mesa, como sempre, o Duda, irmão mais velho do Paulinho, abriu uma garrafa de vinho para brindarmos. Quando ele foi me servir, eu disse que naquele dia iria brindar com água, já que estava carregando o mais novo membro da família. Todos ficaram muito felizes e emocionados!
A nova geração está chegando! Nova vida para a família!

Surpresa!

E então, aproveitamos muito nossas férias... Que, infelizmente, uma hora chegam ao fim...
Engraçado, me sentia diferente na viagem. Algo me dizia que nosso bebê já estava por ali.
Quando falo para as pessoas, elas riem, mas nunca tinha sentido meu cotovelo tão macio e sedoso... hahahaha será que tem a ver?
Voltamos ao trabalho. Logo no primeiro dia, primeiro dia de atraso menstrual.
Tinha certeza que estava grávida. Falei pro Paulinho, que falou: "será? já? vamos esperar mais uns dias para fazer o teste."
Segundo dia, nada... Não falei? Eu sabia!!! Mas, vamos esperar mais um pouco.
Terceiro dia... Saio do trabalho, passo na Droga Raia próximo ao ponto de ônibus que eu pego, compro um teste. Não via a hora de chegar em casa para fazer! Imagina só minha ansiedade no ônibus. E se não fosse verdade? E se eu estivesse apenas ansiosa e isso estivesse afetando meu ciclo... ai, ai, ai...
Chego, falo pro Paulinho que comprei o teste... Será? Será que estamos grávidos?
Eu já estava sentindo vontade de fazer xixi a toda hora!!! E ia aproveitar, para fazer o teste... :)
Faço o teste. E os dois, esperamos, ansiosos, os cinco minutinhos no sofá. Cinco minutos que parecem uma eternidade!
Passados 5 min, vamos, de braços dados e cheios de ansiedade, ver o resultado. Tem um tracinho a mais ali? Isso significa que é positivo? É mesmo verdade! Nossa! Que rápido.
Ficamos na dúvida, pois o tracinho estava claro demais.
"Paulinho, vai comprar outro teste para confirmarmos!"
"Tem certeza? Mas já? Você acabou de fazer xixi!"
"Pode comprar que já estou com vontade de fazer de novo!" E ali estavam duas evidências que era verdade!
Procura na internet... traço clarinho, será positivo? sim, não, talvez... ah! vamos fazer logo esse teste!
Teste número dois.... Mesma cena... Xixi, espera 5 min, vamos ver resultado. Tcharan!!! De novo, o tracinho claro!
Não tivemos dúvida!!! Não éramos mais só nós dois!!! Mas não via a hora de ir ao médico, fazer ultrassom e ter a confirmação da confirmação! Nossa! Que alegria!!!
No mesmo dia, iríamos jantar com meus pais, e já tratamos de marcar um jantar no dia seguinte na casa dos sogros. Não podíamos conter tanta felicidade!

A ansiedade... e o início!

2011 começou, e eu já, na verdade, queria mais é já ficar logo grávida! Comecei a ler bastante sobre gravidez, e comecei a ficar ansiosa só de pensar que poderia levar até um ano (1 ANO!) para um casal SAUDÁVEL conseguir engravidar. Meu Deus! Se começasse ali, tavez nosso baby só chegaria no final de 2012!!! Será que eu iria aguentar a ansiedade? Eu já estava tão pronta!
Pois decidimos pelo menos esperar os 3 meses que o médico recomenda, tomando ácido fólico e preparando o corpo que já tomava anticoncepcional há um tempo.
Decidimos também que iríamos tirar férias em março, e decidimos ir para Fernando de Noronha!
Como fizemos o curso de mergulho para iniciante, queríamos praticar lá... Mas não poderia fazer isso grávida... Então, tinha mesmo que controlar a minha ansiedade.
Ai, que ansiedade...
A viagem chegou! E decidimos desencanar... E não nos prevenir mais... Afinal, aquela seria a primeira tentativa e poderia, como já sabíamos, demorar até UM ANO!
Então, aproveitamos um ótimo descanso nas nossas férias... E lugares maravilhosos! Será que o nosso baby seria tão apressadinho?

Planos... tantos planos

Enfim, voltamos... Mas não era assim, voltar e já engravidar...
Afinal, ambos estaríamos começando um novo emprego. Embora para mim, eu estivesse transferindo para a mesma empresa aqui, na verdade era como um novo emprego.
E aí?
A certeza que eu sempre tinha é que queria ser mãe perto dos 30. E foi com isso na cabeça que nós planejamos.
É certo que o momento nunca vai ser totalmente perfeito. Não dá para ficar esperando todos os astros se alinharem para aquele momento. Existe, sim, o melhor momento.
Quando vc está tomando essa decisão, é muito chato ficar ouvindo as pessoas cobrando: "mas já tá na hora!", "Vcs estão casados há um tempo já!"
É hora de começar a instalar o filtro no ouvido. Porque a partir daí não pára mais!
Aliás, como as pessoas têm mania de meter o bedelho, né? Mas o negócio é ouvir de um lado, colocar na caixinha do f...-se e seguir com seus planos.
Logo que chegamos, ficamos na casa de meus pais. Mais para nos estabilizarmos, e encontrarmos o lugar ideal para morar.
Meus pais prepararam a casa com todo carinho! Mas o trânsito de SP nos deixava estressados demais...
E tínhamos os planos de estar num cantinho nosso para pensarmos com calma quando estaríamos prontos.
Encontramos um ape no meio do caminho entre os nossos trabalhos, perfeito. Isso era meados de 2010.
Finalmente comecei a sentir o meu reloginho biológico me avisar que estava na hora. Na verdade, era o meu coraçãozinho que estava pronto. O do Paulinho já estava faz tempo.
Para falar a verdade ainda tinha um certo medo de a depressão voltar... Não queria estar grávida e infeliz. Mas percebi que estava bem e aqui tinha o apoio não só do Paulinho como da nossa família.
Conversamos muito, e chegamos no plano: OK, ano que vem a gente começa a tentar.
E assim, foi. Terminamos o ano de 2010, já nos preparando para receber o nosso filhote em 2011 (pelo menos "encomendá-lo", como dizíamos aos nossos amigos).
E, no Reveillon de 2011, falamos um para o outro: "Esse é o ano que vamos começar a nossa família!"

Lar é onde mora o coração...

Eu e o Paulinho sempre pensamos em ter filhos... Aliás, pelo Paulinho já teríamos tido filho há um tempão. Mas como ficamos num vai-e-vem entre Brasil e Canadá, ficamos pensando onde é que nosso filho nasceria.
No Canadá, a vida é mais tranquila. A qualidade de vida é indiscutível e eu teria 1 ano de licença maternidade!!!
Em compensação, nossa família está no Brasil. Meu vô Armando passou meses no hospital e acabou falecendo quando estávamos lá. Eu tive uma depressão da pesada, com direito a crises de pânico e tudo. Não foi nada fácil. O S. Ernesto, pai do Paulinho, não está bem. E sabemos que, por mais que todos estivessem saudáveis, a vida aqui não está parada esperando as nossas visitas.
Além dos momentos tristes, também perdemos muitos momentos felizes... Aniversários, casamentos de amigos... Sem contar aquelas reuniõezinhas, marcadas de última hora, que só estando por perto poderíamos participar.
Fizemos muitos amigos... Mas sempre havia aquela sensação de que não era definitivo. Quem sabe a gente mude de idéia, mas naquele momento tomamos a decisão que nosso filho(a) nasceria no Brasil, pertinho da família. Sim, esse foi o principal motivo para voltarmos! Estávamos com quase 3 anos de casados então, em 2009.
E assim, planejamos nossa volta. A maior parte do nosso coração estava aqui. Se bem que deixamos um pedação também por lá...